Nas primeiras edições de Dungeons & Dragons, as campanhas eram aventuras isoladas, muitas vezes curtas e focadas em uma missão única. No entanto, com o tempo, as campanhas evoluíram para mundos contínuos, onde as ações de um grupo de jogadores podem afetar eventos em todo o cenário do jogo. Em Pathfinder e GURPS, é comum ter campanhas que duram anos, onde a história do mundo evolui conforme os personagens avançam e influenciam o cenário ao seu redor.
Nas edições iniciais de Dungeons & Dragons, as campanhas eram mais simples e geralmente compostas por uma série de aventuras isoladas, sem um enredo contínuo. Cada sessão de jogo se concentrava em uma missão ou um objetivo específico, como resgatar uma princesa, explorar uma masmorra ou derrotar um monstro ameaçador. Essas campanhas eram mais focadas no combate e na exploração, com menos ênfase na narrativa a longo prazo.
Com o tempo, os jogadores e mestres começaram a perceber que havia muito mais potencial nas campanhas de RPG de mesa. Em vez de aventuras separadas, surgiram mundos contínuos, onde as ações dos personagens tinham impactos duradouros no cenário do jogo. Em jogos como Pathfinder e GURPS, os personagens podem explorar, lutar e interagir com o mundo de forma que suas escolhas moldam a narrativa e o ambiente ao seu redor. Esse tipo de campanha permite que os jogadores criem histórias mais complexas e dinâmicas, com eventos que evoluem ao longo do tempo.
Em uma campanha contínua, as escolhas dos jogadores podem ter consequências duradouras, criando um mundo em constante evolução. Por exemplo, um vilão derrotado por um grupo de heróis pode ter aliados ou facções que buscam vingança mais tarde, ou um reino destruído durante uma missão pode ter efeitos no desenvolvimento das relações políticas e sociais no futuro. Esse tipo de narrativa cria um ciclo de causa e efeito, onde os jogadores têm a sensação de que suas ações realmente importam, dando uma maior profundidade e imersão ao jogo.
As campanhas de longo prazo, como aquelas em Pathfinder ou GURPS, são uma das evoluções mais significativas nos RPGs de mesa. Essas campanhas podem durar anos, com os jogadores acumulando histórias, vitórias e perdas enquanto avançam. Em vez de ter um "fim" claro, o mundo continua a se expandir conforme os personagens evoluem. Isso significa que os jogadores podem retornar a locais antigos e descobrir como suas ações anteriores moldaram o mundo, como uma cidade que foi salva ou destruída, ou uma facção que agora ocupa uma posição de poder.
Essa evolução também impõe desafios para o mestre de jogo, que precisa manter a consistência e a coesão do mundo ao longo das várias sessões. O mestre de jogo se torna não apenas um narrador, mas também um arquiteto do mundo, adaptando-se às escolhas dos jogadores e incorporando essas decisões na narrativa contínua. Além disso, ele deve lidar com o crescimento e evolução dos personagens, garantindo que a história se mantenha interessante e desafiadora conforme o jogo avança.
A transição de campanhas isoladas para mundos contínuos é uma das inovações mais marcantes no desenvolvimento dos RPGs de mesa. Essa mudança permitiu uma narrativa mais profunda e envolvente, onde as ações dos personagens têm um impacto significativo no mundo. Jogos como Pathfinder e GURPS exemplificam como campanhas de longo prazo podem criar experiências memoráveis, onde o mundo do jogo se adapta e cresce com os personagens, proporcionando aos jogadores uma sensação de continuidade e relevância nas suas escolhas.